23 de março de 2009

Eles, aqueles, os únicos .

Era noite, cara molhada dos chuviscos. Sentada na areia com quatro Amizades. Ninguém falou, todos precisávamos daquilo. Daquele momento depois de uma semana cansativa. Estava tudo de tão mau humor, que pessoas que se conhecem tão bem, não se reconheceram. Todos sabíamos que ia ser uma daquelas noites em que nada estava planeado, mas sairíamos dali tão cansados como se dançássemos a noite inteira. Cansados de pensar, de ver, de ouvir, de sentir. É óptimo ter-se alguém que nos conhece tão bem, que basta uma palavra para perceber tudo, basta um sorriso, um olhar, uma expressão. Aquelas pessoas que até podem não dizer nada durante semanas, até meses, mas que em poucas horas nos põem a par de tudo, e nos relembram o quão bem nos entendem. Foi um noitão daqueles… daqueles que trocava sem pensar duas vezes por qualquer festa, concerto ou discoteca.

São estas e mais algumas (mas poucas), as amizades que preservo. São estas que me protegem do mundo lá fora. São estas que sabem realmente o que faço, como sou e me ensinam a não ser um fracasso.
São estas, que me dizem para desculpar os que mal de mim dizem, e que mal me querem, pois são pessoas de quem temos de ter pena por não conseguirem ser mais do que são.

Tenho aquilo que já quase não se vê por aí. Pessoas por quem sempre vivi.
Adoro-vos tanto !

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pegadas na areia