20 de julho de 2009

Meu Banco Branco

Como gosto daquele banco velho branco no meio da floresta, que me oferece a paisagem mais bonita que alguma vez vi. É o meu banco, é a minha floresta. É lá que descanso e descarrego o que em mim se torna negativo. Tudo à minha volta me é familiar tal como na praia, talvez por serem locais onde me dou a conhecer melhor. O tempo estava quente, bastante. Ao meu lado estava uma flor que murchou. Pensei "se já falei com pessoas que deviam ser boas como aquela flor, também posso falar à flor murcha e bonita sobre as pessoas que se cruzam comigo na minha vida", e foi ai que comecei a dirigir-me à flor como se fosse um ser humano. No final do meu desabafo sem obter resposta (como é óbvio) sentia-me aliviada tal e qual como se me tivessem dado opinião e me compreendessem. Só queria que a flor falasse!
No dia seguinte voltei ao banco, voltei à flor. O tempo continuava abafado e durante a noite nada se tinha alterado senão o aspecto da minha amiga. A flor estava viva, tinha voltado a animar, estava como nova. Sorri :) e visto que não tinha resposta fiquei a pensar " Será que me ouviu? Será que queria companhia? Se calhar ela falou para mim, mas como seres "incompatíveis" que somos, não a ouvi e ela não obteve resposta....
Voltarei lá para a salvar mais vezes.

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pegadas na areia