22 de março de 2009

--'

Divido-me entre escrever para ti e escrever por ti. Sabes, há alturas em que a paciência se esgota e quando os olhares se cruzam no meio de tanto barulho e fumo, dá vontade de mandar toda a gente calar-se para poder sentir melhor aquilo que sempre soube. Mas como mandar calar seria estragar a magia, finjo não ouvir ninguém e rezo para que se alguém passar à minha frente, o teu olhar não se disperse e continue fixo no meu. Os meus olhos já não se lembravam de como era bom ver-te, e o meu coração tivera-se esquecido daquele ritmo à muito. No entanto, o teu olhar desviou-se… Não sei o que se passou. Algo se modificou.
O que terás pensado? E sentido? Não faço a mais pequena ideia. Mas eu, o suficiente para te dizer tudo, tudo o que se passava não na cabeça mas num lugar bem mais importante, onde te é dado o devido valor. Anseio por te ver. Depois de tudo o que devia ter sido dito, e de me lembrar das noites mal passadas a meditar sobre o que fazer, se contar, se guardar, chego a uma sincera conclusão – A revolução que por aí vai, ainda não conheci, só quero conseguir acabar, aquilo que ainda não esqueci. Não foi fácil saber que passavas mal, mas tentei agora mostrar-te um sinal. Um sinal que pode não valer de nada, mas ainda te olho com olhar de apaixonada.

2 comentários:

  1. As vezes que eu já li isto... meu deus. Já nem sei. Por cada uma delas, por cada vez que li isto chorei...
    Para quê chorar...?
    Ninguém vê o que eu sofro e toda a gente me pergunta porque estou assim...

    ResponderEliminar
  2. Estas assim e se não mudares continuarás no mesmo caminho. O teu choro não deve estar relacionado com nenhum destes textos .
    beijinho Ni*

    ResponderEliminar

pegadas na areia