Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
...
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
...
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o ímpossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superficie,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
Álvaro de Campos
ai credo!
ResponderEliminarso tu para pores no blog uma parte deste ENORME poema, que me provocou várias dores de cabeça.
tava a ver que nunca mais acabava aquele horripilante trabalho.
seca!!!!!!!